9 dicas de marketing digital para varejo

Enquanto o brasileiro passa cada vez mais tempo conectado, as empresas não sabem como falar com as pessoas no espaço virtual.

Essa é uma das conclusões do estudo Digital Marketing Readiness, da McKinsey Brasil, que afirma que 80% ainda praticam o marketing digital em estágios muito iniciais.

Elas têm dificuldade em segmentar corretamente seus anúncios, para atingir públicos específicos e assim reduzir custos, e muitas vezes ignoram o impacto dos investimentos nessa área sobre a receita da empresa.

Pensando nisso, selecionamos 9 dicas de marketing digital para varejo, a fim de que o seu comércio faça parte do seleto grupo de 20% das empresas que se posicionam corretamente no cenário digital.

Aproveite a leitura!

1. Marketing digital continua sendo marketing

Para começar, é importante que você tenha em mente: marketing digital não é um bicho de 7 cabeças. Sabe por quê?

Porque apesar de ser digital, ele continua sendo marketing. Não se trata de feitiçaria nem de dominar aquela ferramenta complexa que somente o seu sobrinho nerd (que não sai de casa há 3 meses) sabe que existe, e tampouco de descobrir o segredo dos anúncios no Google que farão você fazer R$ 1 milhão em 5 dias.

Marketing Digital é o marketing pensado para, e executado por, meios digitais. Ou seja: trata-se de definir estratégias, técnicas e práticas para comunicar o valor da sua empresa e dos seus produtos para determinado público.

Com a diferença que tudo isso é feito digitalmente, o que potencializa o alcance e os resultados do seu marketing.

Então, para evitar que você se confunda e corra o risco de cair no papo de algum charlatão com promessas milagrosas, a primeira dica é: estude marketing.

2. Aprenda a trabalhar com métricas

Há um termo em inglês chamado KPI (Key Performance Indicators), cuja tradução é: Indicadores-chave de Performance. Essas são as métricas, ou seja: indicadores numéricos que servem para monitorar os resultados das ações de marketing. Não existe forma de trabalhar sem esses números.

Da mesma forma como a receita gerada e a margem de lucro são indicadores da saúde financeira da sua empresa, métricas como CAC (Custo de aquisição do Cliente), ROI (Retorno Sobre o Investimento) e Taxa de Conversão (a relação entre o número de pessoas impactadas pela sua comunicação e o número de vendas) são essenciais para medir a efetividade das suas ações de marketing.

3. Gere valor e comunique-se

Desde que Seth Godin lançou o conceito de marketing de permissão, a forma das empresas se comunicar mudou bastante. Godin percebeu que as pessoas estão saturadas de receber anúncios que interrompem o que elas estão fazendo, e como o número de anúncios não para de subir, elas não prestam atenção em nenhum deles.

Faça um teste simples: qual foi a última vez que você parou para ver algum daqueles anúncios que aparecem antes dos vídeos no YouTube? O mais provável é que você não se lembre, e isso ocorre pois você não quer ser interrompido.

Portanto, a chave para conseguir a atenção das pessoas é obter a permissão para conversar com elas. E a melhor forma de fazer isso é oferecer valor, ou seja: conhecimentos e materiais úteis que ajudem o seu público com algum problema da vida dela.

Se você tem uma loja de material de construção, por exemplo, talvez seja interessante oferecer em seu site uma planilha para controle dos custos de uma obra. Você ajuda seu público a resolver um problema prático e ganha a permissão para expor sua marca, mostrar seu endereço e até fazer alguma oferta.

Há várias formas de se trabalhar o marketing de permissão, mas nunca se esqueça disso: foque menos nos benefícios do seu produto e mais no valor que você pode entregar para seus clientes.

4. Conheça a fundo seus clientes e saiba onde eles estão

Um dos grandes benefícios do marketing digital é o poder de segmentação que ele oferece: por meio de tecnologias como o Big Data, plataformas como o Google e Facebook podem entregar sua mensagem diretamente para o seu público-alvo, e somente para eles.

Imagine uma campanha de panfletagem que entregasse panfletos somente para as pessoas certas. Imagine a economia que você teria com a gráfica e o retorno do investimento sobre as vendas. Fantástico, não? É mais ou menos isso o que você pode conseguir anunciando no Google, no Facebook, no Instagram, etc.

Mas para que sua mensagem chegue a seu público-alvo, é preciso que você o conheça profundamente. Qual o perfil dos seus clientes? Qual é a renda mensal deles? Onde eles costumam passar o tempo na internet? Quais são os seus hábitos de lazer, quais os valores que eles compartilham e, principalmente, qual é o grande problema que sua empresa pode resolver para eles?

São informações como essas que você deve levantar, a fim de montar um perfil semi-fictício do seu cliente ideal. Repare que não estou falando de público-alvo, mas de um conceito que vai além dele, o de persona.

5. Escolha uma rede social e se relacione com o seu público

Um erro comum que muitas empresas cometem é querer estar em todas as redes sociais ao mesmo tempo. Não adianta somente estar nelas, é preciso marcar presença: publicar com constância, consistência e interagir com o público.

Esteja onde seu público está e entenda as dinâmicas próprias de cada rede social. O Instagram, por exemplo, favorece o uso de fotos e mensagens informais, descontraídas. Já o Facebook é ideal para imagens e textos mais elaborados. O LinkedIn, por sua vez, é o melhor lugar para fazer negócios com outras empresas.

Sendo assim, é melhor focar em uma rede social e marcar presença constante, entendendo o que dá certo e o que não dá, gerando relacionamento e entregando valor para o seu público.

Muitas empresas fazem do Facebook e do Messenger um SAC muito mais efetivo que os canais tradicionais. Além disso, a atenção que você dá para seus clientes é pública, de modo que seus efeitos se estendem para outras pessoas além daquele cliente em específico.

6. Conheça as ferramentas disponíveis

O marketing digital tem uma infinidade de ferramentas para se trabalhar. As possibilidades são tantas que há até uma empresa especializada em organizar avaliações de plataformas digitais, softwares, entre outras ferramentas.

Uma das mais úteis para o varejista é o Google Meu Negócio. Gratuito e simples de usar, ele ajuda os clientes a encontrar sua loja, tanto na página de buscas quanto no Google Maps.

Além disso, você pode inserir informações como horário de funcionamento, telefone comercial e fotos de produtos. Cuide bem do seu atendimento: seus clientes podem deixar avaliações sobre o serviço prestado que, se forem positivas, ajudam a atrair mais pessoas.

7. Entenda o valor do e-mail

O e-mail é uma das moedas do marketing digital. Poucas coisas são tão pessoais na internet quanto o e-mail de alguém, e obtê-lo traz inúmeras possibilidades.

Uma delas é o e-mail marketing, que consiste em mandar sequências de mensagens para seu público-alvo. É possível enviar newsletters, vídeos, dicas importantes, além de ofertas, é claro. O principal é sempre gerar valor e construir relacionamento. Mas como conseguir tais e-mails?

Primeiro vamos falar sobre como não conseguir. JAMAIS compre listas de e-mails e mande-os aleatoriamente. Isso configura spam, uma prática condenável e que não dá resultado.

Em vez disso, lembre-se do marketing de permissão. Ofereça materiais gratuitos, com informações úteis para o seu público. Lembra-se do exemplo da planilha de custos de uma obra (dica 3)? Esse é um bom exemplo do que pode ser feito. Também é possível oferecer e-books, minicursos gratuitos, infográficos, enfim… todo material que gere valor é válido.

Prepare uma landing page (para capturar esses e-mails) e monte uma sequência de mensagens para o e-mail marketing. Não é preciso fazer tudo manualmente. O ideal é utilizar uma ferramenta para gerenciar o envio das mensagens. Há várias delas disponíveis, inclusive gratuitamente.

Outra possibilidade interessante é utilizar sua lista de e-mails para segmentar seus anúncios no Facebook e alcançar públicos com perfil parecido.

8. Curtidas e seguidores não pagam contas

Outro erro comum de quem é iniciante: se preocupar em postar conteúdos que viralizam e geram muitas curtidas e compartilhamentos.

Um perfil de rede social com muitos seguidores e curtidas é bom, pois é sinal de que o público se engaja com as publicações. Mas curtidas não pagam contas e fornecedor nenhum vai fazer negócio com base em número de seguidores.

Engajamento e atenção nas redes sociais devem ser monetizados. Isso demanda estratégia (como e-mail marketing) e monitoramento de métricas. É preciso, por exemplo, saber quantas pessoas que curtem sua página acabam virando clientes.

9. Saiba investir em tráfego pago

Tráfego pago é a quantidade de pessoas que chega até sua empresa por meio de anúncios pagos ao Google, ao Facebook, ao YouTube, etc.

Uma das vantagens de fazer anúncios na internet é o custo bem menor do que o das mídias tradicionais, como outdoors, anúncios na TV, etc. Outra vantagem é o poder de segmentação, conforme comentado na dica 4.

Porém, fazer tráfego pago de forma efetiva exige conhecimento; do contrário é perder dinheiro. Invista em qualificação ou procure especialistas para ajudá-lo.

Se colocadas em prática de forma consistente, essas 9 dicas de marketing digital para varejo trarão muito retorno para sua empresa. Aproveite e continue se informando sobre como melhorar os resultados da sua loja.

Entenda por que automatizar a conciliação das vendas na sua empresa.

 

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