11 Tendências do varejo brasileiro em 2016

 

Final de ano é época para refletir sobre os erros e acertos do ano vigente. O que fizemos tão bem que nos garantiu ótimos resultados, e o que não foi tão bem assim e pode nos deixar lições para o próximo ano.

Concluída essa primeira fase, Janeiro é diferente. É época de pensar no que pode ser tendência ou ganhar maior relevância no decorrer do ano. Depois de algumas pesquisas e claro, levando em consideração os acontecimentos de 2015, separamos algumas tendências que prometem garantir o tão desejado “diferencial competitivo” em 2016. Vale a pena ler e claro, sugerir mais tendências que podem não estar por aqui.

 

#1 Crescimento do mercado local

O crescimento do comércio local é uma tendência nos próximos anos e é, de fato, uma boa oportunidade para o crescimento de bairros e principalmente para a melhoria do trânsito, com a diminuição do deslocamento da população majoritariamente para os centros e o aumento da qualidade de vida.

A construção de um shopping, por exemplo, tem impactos importantes para o local de construção e pode valorizar significativamente os imóveis da região. Segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), entre 2007 a 2011, a valorização de imóveis próximos a novos centros comerciais foi de 46% superior ao restante da cidade. Hoje, 37% das pessoas compram de pequenos negócios e o Sebrae acredita que esse índice pode dobrar.

O Grupo Pão de Açúcar já estava pensando nisso lá em 2012 quando, percebendo a redução do consumidor nos super e hipermercados, elegeu a bandeira Minimercado Extra como um dos destaques do plano de expansão da companhia para 2013 com a inauguração de 100 lojas sob esse formato, conhecido como supermercado de proximidade. Atualmente são mais de 240 lojas.

 

#2 PME em alta

Responsável por 52% dos empregos formais, as micro e pequenas empresas continuam ocupando espaço importante no mercado brasileiro e em ano de crise podem ter seus números potencializados. Isso porque, com o desemprego em alta, empreender se torna uma opção.

No ano passado a EXAME e a consultoria Deloitte publicaram a décima primeira edição da pesquisa as 200 Pequenas e Médias Empresas que Mais Crescem no Brasil. O estudo revelou que essas empresas cresceram 12% em 2014, mesmo com a crise. Faturaram, juntas, 12,8 bilhões de reais.

Claro que é preciso se preparar e planejar com detalhes as estratégias, para não cair naqueles 50% que fecham as portas com menos de 4 anos de vida. Instituições como o Sebrae, Endeavor e tantas outras iniciativas particulares espalhadas pela internet podem servir como apoio para melhores resultados. O canal 3 minutos de conciliação também tem diversas dicas para otimizar a saúde financeira das empresas.

Veja a lista completa das 200 maiores clicando aqui.

 

#3 Mercado de Nicho

Tem muitos concorrentes neste segmento. E agora? Para se diferenciar em um mercado tão competitivo, os nichos começam a surgir com peso e ganhar força com o foco na especialização, principalmente em empresas de pequeno e médio porte.

Para exemplificar vou usar a loja de sapatos femininos 33e34 que, para competir com grandes como Daffiti e Passarela, focou em sapatos femininos de numeração 33 e 34, que são normalmente difíceis de serem encontrados. O 33e34 ganhou destaque em um mercado altamente concorrido e já conta com um grupo de investidores-anjo, liderado pelo empreendedor João Kepler.

 

#4 E-commerce

O Brasil é o maior mercado de comércio eletrônico da América Latina, movimentando 43 bilhões de reais em 2015. O medo de consumir online vai sendo mitigado com a maturidade das lojas virtuais na parte de segurança. O consumidor passa a entender que os preços são mais competitivos, o produto chega no prazo e percebe a comodidade de fazer a compra sem sair de casa.

Ampliar o canal de vendas da sua empresa é ampliar o potencial de conversão. O mundo está online e sua empresa também precisa estar. No e-commerce é possível reduzir gastos e assim repassar preços mais atrativos para o consumidor, além é claro, de aproveitar o aumento das compras online.

Para acompanhar e entender as tendências e notícias em geral deste segmento, separamos alguns portais, como o grupo e-commerce brasil, que faz um ótimo trabalho publicando artigos, entrevistas, além de ter um calendário com eventos importantes para quem deseja iniciar uma estratégia virtual.
Grupo E-commerce Brasil

http://www.ecommercebrasil.com.br/

 

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E-commerce News

http://ecommercenews.com.br/

 

#5 Vendas Mobile

E falando em e-commerce, segundo um relatório da Criteo, o comércio mobile representa 34%das transações online em todo o mundo e 20% no Brasil. No Japão e Coréia do Sul, pouco mais de 50% das transações em e-commerce já foram via mobile. No Brasil esse número está em pleno crescimento e a expectativa é que fechasse em 22% das vendas em 2015.

Investir em aplicações responsivas será importante para se manter competitivo em 2016, afinal, a qualidade da experiência no site mobile é que vai definir a taxa de conversão, que alcança uma média de 40%.

 

#6 Quer saber… é OMNICHANNEL

No final das contas o importante é o seu produto estar disponível no maior número de canais possível: Na loja física, no e-commerce, no m-commerce, no s-commerce… enfim,  onde o seu público está? Onde ele pode estar? É lá que você deve estar também.

 

#7 Precificação Dinâmica

Pagar menos em ano de crise será o objetivo de todo consumidor. As pesquisas em sites de comparação estarão cada vez mais em alta e se o seu preço não for o melhor, dificilmente ganhará a competição com a concorrente. Aí entra a precificação dinâmica que re-precifica os produtos automaticamente, com base em regras que vão focar o maior lucro. É possível criar regras para o seu preço estar sempre abaixo do da concorrência, ou determinar um preço alvo, preço de oferta, entre outros quesitos que irão automatizar a forma de precificar garantindo preços inteligentes.

Para entender mais, veja o site da Precifica, uma das empresas que tem a solução de precificação dinâmica.

 

#8 Big Data

Aproveitar as informações ao máximo será uma outra grande oportunidade em 2016. Os sistemas de gestão devem aprimorar a capacidade de agrupar informações diversas de prospects e clientes e ainda evoluir na análise e utilização desses dados para possibilitar melhores oportunidades comerciais, desde selecionar qual o melhor grupo de clientes a ser abordado para uma campanha específica até detectar quais clientes estão mais propensos a cancelamentos.

Existem muitas informações em nossos sistemas e na internet em geral, agora é preciso colocar inteligência para a análise e criação de estratégias mais assertivas. Quem conseguir fazer esse filtro sairá na vantagem, com certeza.

 

#9 Conciliação de cartão

As vendas com cartão de crédito e débito crescem uma média de 30% ao ano e já representam mais de 50% das vendas. Cada vez mais abandonamos o hábito de ter o papel na carteira e passamos para o dinheiro de plástico, mais seguro e prático. Assim, o comércio precisa estar cada vez mais preparado para gerenciar essa nova demanda de mercado e não ter prejuízos, afinal, o varejo anda perdendo dinheiro com a falta de gestão dessas vendas. Perdas em taxas acordadas com as adquirentes, aluguel de POS, chargebacks, entre outros erros diversos que, sem controle, passam desapercebidos.

A Concil lançou em 2015 um e-book com alguns cases de grandes empresas que tiveram problemas com as conciliações de cartão e resolveram esses erros com o sistema de conciliação automática. Vale a leitura.

 

#10 Personalização

Ser diferente e único também será um ponto importante nesse mercado competitivo.  De acordo com a consultoria norte-americana Tech Cast, a customização em massa deve ser responsável por 30% das vendas no varejo em 2017, então vale a pena apostar em produtos que levem a identidade do cliente.

Já existem alguns players praticando bem esse conceito. Você já pode personalizar o seu relógio na Brother and Brother ou sua macarronada na Spoleto. Porque você irá comprar um relógio se você pode comprar o relógio com as características que você definiu?

 

#11 Pagamento Recorrente

Terça-feira de carnaval em 2005 e você ficou em casa. Liga a TV e não tem nada interessante, o que pensa em fazer? Ir a uma locadora pegar uns três filmes e passar o resto da tarde no sofá. Terça-feira de carnaval em 2016, se isso acontecer, você não precisará sair de casa. Afinal, você paga um valor recorrente para a Netflix que te garante filmes, seriados, documentários…. Tudo a seu dispor em um clique. Streaming + Conteúdo + Pagamento Recorrente esmagou o sistema das locadoras convencionais e mudou os seus feriados para sempre.

A recorrência é uma das formas mais sustentáveis para ganhar escala em um negócio de cobrança mensal. A Netlfix possui hoje cerca de 40 milhões de assinantes no mundo. A empresa divulgou um lucro líquido de US$ 29 milhões no trimestre de 2013, comparado aos US$ 6 milhões no mesmo período do ano passado.

Como referência, a Vindi é uma plataformas focada em serviços com recorrência no modelo de venda, vale a pena pesquisar e entender mais sobre o tema.

 

Por fim, Consumidor em movimento, mercado em movimento, empresa em movimento. No final, estar sempre em movimento e praticar inovação é sempre a principal tendência, em todos os anos.

 

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