Cancelar ou ‘estornar’ uma compra junto às operadoras de cartão de crédito. Esta atitude – que leva o nome de chargeback – pode ser tomada tanto pelos consumidores quanto pelas próprias operadoras quando ocorre alguma irregularidade ou arrependimento (no caso do consumidor).
Caso a divergência seja confirmada, a loja responsável por executar a venda é obrigada a reverter a transação e o cliente recebe seu dinheiro de volta. Entre os objetivos do chargeback estão a proteção ao consumidor, a resolução antecipada de um possível desentendimento entre ele e o fornecedor e a boa conduta dos comerciantes.
O problema é que, caso o montante de chargeback seja muito alto, a empresa corre o risco de ter seu negócio inviabilizado por queda nas vendas, aumento do prejuízo, e, consequentemente, terá que fechar as portas.
Mas como reter as vendas e evitar as taxas de chargeback? Como manter este consumidor fiel às suas escolhas, contribuindo indiretamente para que a empresa lucre? Listamos abaixo algumas dicas para evitar o chargeback. Afinal de contas, o empreendedor quer ver o negócio crescer, não é verdade? Confira abaixo:
Seja transparente com seu cliente!
Seguir uma política de transparência, fornecendo ao cliente informações essenciais como quanto deve ser pago e quais são as expectativas com relação ao produto comprado, inibe os ‘arrependimentos’ ou estornos das vendas.
Uma outra opção para tranquilizar o consumidor e reduzir as taxas de chargeback é indicar, no site da empresa onde o cliente está adquirindo o produto, detalhes importantes como prazo de entrega, regras de garantia e outras informações, como política de reembolso, contato do serviço de atendimento ao consumidor e etc.
Incluir o nome da empresa no comprovante
Já aconteceu de você receber sua fatura do cartão de crédito e não reconhecer um item comprado por você? Isso é mais comum que imaginamos. Muitas vezes o nome fantasia é muito diferente da razão social da empresa e o consumidor acaba entrando em contato com a operadora de cartão de crédito para cancelar a compra ou requisitar o reembolso do valor.
Para se certificar que todo o processo será feito, cabe à empresa informar ao consumidor o nome e endereço, bem como o contato de sua loja. Os dados devem ser compreendidos facilmente pelo consumidor, até para que ele seja fidelizado à empresa.
Fique atento às fraudes
As fraudes são grandes responsáveis por altas taxas de chargeback. Ao ser usado de forma fraudulenta, o comerciante é que precisa tomar determinadas medidas antecipadamente.
Uma dica é instalar aplicativos ou sistemas que garantam o rastreamento da fraude no site, ainda no momento da compra. Desconfie nos casos em que o cliente fornece um e-mail de provedor gratuito: pode ser uma fraude.
Cheque também a situação cadastral do CPF ou do CNPJ do comprador, o que pode ser feito no site da Receita Federal. Lá, é possível descobrir o nome completo do cliente e os dados podem ser comparados aos apresentados no ato da compra.
Em alguns casos, os fraudadores fornecem dados reais como nome, endereço, CPF e telefone, mas de outra pessoa. O ideal é conferir tudo: telefone, endereço, e-mail etc.
Solicite o nome do banco (BIN)
A base de índice nacional (BIN) designa o banco emissor do cartão de crédito por meio dos seis primeiros dígitos. Só quem terá esta informação será o consumidor que tiver o cartão em mãos.
A tabela para conferir o BIN pode ser consultada por lojistas no site das operadoras de crédito.
E então, gostou do artigo? Como se vê é possível reduzir as taxas de chargeback com medidas razoavelmente simples, garantindo um faturamento linear, sem prejuízos financeiros à empresa.